O mundo contra a Monsanto
por Bruno Falcão Cardoso
O dia 25 de Maio de 2013 viu o mundo dar um cartão vermelho à gigante multinacional Monsanto. O protesto, espalhado por dezenas de países e centenas de cidades à volta do globo, foi um marco na luta internacional contra a privatização da Natureza e a favor da preservação da biodiversidade. Marchando, em rota de colisão com o poder das multinacionais, os cidadãos mostraram a sua indignação perante a monopolização do mercado das sementes e o perigo dos alimentos geneticamente modificados. O movimento March Against Monsanto visou consciencializar as populações para o perigo global de entregar a soberania alimentar às mãos de empresas que apenas perseguem o lucro.

70 estações de correio foram extintas, em todo o país, no dia 31 de Maio de 2013, muitas delas sem aviso prévio. Ao todo, são já cerca de 200 estações de correio e respectivos serviços de proximidade eliminados em todo o país. Os moradores de Carnide (Lisboa), cuja estação de CTT foi encerrada em 30 de Maio, dirigiram-se no dia seguinte à estação dos Restauradores (Lisboa) para preencher uma reclamação. Para impedir a reclamação, os Correios de Portugal chamam uma carrinha de polícia e encerram todos os postos de correio da cidade de Lisboa.
Sábado, 23 de Março/2013, 11H00, concentração na Praça do Bocage, em Setúbal
A associação dos reformados e pensionistas encontra-se sob ataque cerrado dos poderes políticos, económicos e mediáticos. O frenesi da campanha de desinformação e descrédito apontada contra a associação revela o enorme incómodo que causou àqueles poderes o simples facto de uma enorme parte da população (a parte que criou, sustentou e educou a outra parte actualmente no activo) se organizar para a defesa dos seus interesses e para a salvaguarda das contribuições que desembolsaram durante uma vida inteira de trabalho.
Sob o lema «Que se lixe a troika, o povo é quem mais ordena!», foram convocadas, através do Facebook, manifestações em 23 cidades do país e duas no estrangeiro. Em Lisboa, juntam-se ainda três denominadas «marés»: de Reformados, da Educaçao e da Saúde. Os organizadores desta iniciativa afirmam que o Orçamento de Estado de 2012 e as novas propostas do FMI vão «contra os direitos do trabalho, contra os serviços públicos, contra a escola pública e o Serviço Nacional de Saúde, contra a cultura», conduzindo à precariedade, ao desemprego, à fome, à emigração. Vão ainda mais longe, dizendo «não aguentamos mais o roubo e a agressão», exigindo a demissão do governo e «que o povo seja chamado a decidir a sua vida».
O tratamento de que são alvo os detidos nas prisões portuguesas tem sido colocado em causa pelas famílias dos presos, que contam com o apoio da Associação Contra a Exclusão pelo Desenvolvimento (ACED), do Grupo de Intervenção nas Prisões e da Associação Portuguesa Para a Prevenção da Tortura, numa luta a favor dos direitos humanos mais essenciais. Resultado da crescente indignação familiar e do activismo das organizações em questão, o protesto do passado dia 8 de Janeiro mobilizou mais de duas dezenas de pessoas em frente ao Estabelecimento Prisional de Lisboa, denunciando práticas de tortura e casos de espancamento recorrentes, numa sistemática «violação dos direitos humanos».
O povo (40 assistentes) entrou na Assembleia da República e mandou calar Passos Coelho. E ainda agora a procissão vai no adro. Daqui até 2 de Março, mais haverá.
Os trabalhadores ferroviários realizaram na quinta-feira, dia 14 de Fevereiro, uma jornada de «resistência e luto ferroviário», como forma de manifestar o seu protesto contra as medidas de redução de salários e pensões, a destruição da contratação colectiva e a retirada de direitos, entre os quais o direito ao transporte, existente como retribuição de trabalho há mais de 100 anos. Durante este Dia de Luto Ferroviário várias linhas de comboio foram bloqueadas em Coimbra, Lisboa, Porto, Barreiro, Entroncamento e Faro. Outros protestos estão a ser preparados para o início de Março.
Os Indignados Lisboa apelam a que se depositem os sacos do lixo à porta dos bancos – o candidato preferido é, evidentemente, o BPI.
A Plataforma 15 de Outubro convocou uma manifestação para quarta-feira, 30 de Janeiro às 18 horas, frente à sede do FMI em Lisboa, sob o lema «Vem ao FMI mostrar quem manda aqui!». Eis as razões que motivam este protesto: «Depois da aprovação de um orçamento de Estado que irá condenar milhares de pessoas à fome e à miséria, o FMI avança com mais um conjunto de recomendações que consistem em mais despedimentos, cortes nos salários, cortes na saúde e cortes na educação». E perguntam: «Mas afinal quem é que manda aqui? O FMI? Quem é que decide os salários? Os banqueiros?»